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quinta-feira, 13 de maio de 2010



Não!
Eu não vou mais ficar aqui disponível para você.
Cansei!
Não quero mais ter que recolher as migalhas que você permite cair.
Nunca mais quero me envolver sozinha.
Talvez eu tenha me precipitado,
E me iludido.
Mas agora é tarde, e eu não pretendo ficar aqui procurando respostas.
Procuro algo maior.
O seu pouco já não me basta.
Espero que você encontre alguém que goste tanto de você como eu gostei.
Mas se não encontrar alguém assim,
E tiver que, um dia, viver de migalhas, como eu vivi...
Eu peço que você, neste momento, lembre-se de mim.
E que reflita quanto me prejudicou com essas suas atitudes.
Lembre-se,
Mas não me ligue!
Não me procure,
Não me escreva.
Porque eu já não estou mais disponível para você.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Os complicados

As promessas estão todas aí. Posso escolher aquele que vai me amar incondicionalmente e me colocar num pedestal, que vai tentar encher minha vida de luz e sorrisos e não vai se conformar com minhas meias alegrias. Basta responder um chamado, basta eu dizer sim. Mas tudo que vem fácil, vai difícil. E minhas tentativas de gostar das pessoas já me esgotaram. Não quero começar mais nenhuma relação que eu já conheço o script: eu me encanto, ele se apaixona, eu me esforço pra gostar, ele tenta me conquistar, eu me culpo, ele sofre. Tudo isso gasta energia, me desilude e me deixa cada vez mais fechada. Fico achando que então devo me interessar pelos que não vão gostar de mim logo de cara, porque aí eu é que sofreria e quem sabe assim eu conseguisse me fixar.

E a razão vai tomando conta de mim de novo. Como vou tropeçar se sempre calculo meus passos? Como vou me entregar se sempre calculo meus braços? Eu não vejo mais encanto em ninguém, não me iludo por palavras que teriam tudo pra me agradar.

E eu quero mesmo é o complicado. Aquele que não olha em volta porque tomou o maior pé na bunda da história e não quer mais saber de mulher. Aquele que minha família odiaria e que em pouco tempo eu enjoaria porque não tenho assunto pra falar, mas que na verdade não faço questão que abra a boca pra isso. Eu quero o esquisito. Aquele que não me faz preocupar com concorrência porque eu sou a única que viu e gostou. Que se fecha tanto no seu mundinho que nem percebe minha existência.

E de repente, o complicado se torna fácil. Olhou pra mim, esqueceu a ex, aprendeu a gostar do que eu gosto. Virou só mais um final. Já deu tempo de me apegar, de ficar com medo de terminar. Mas não tem jeito: nessa história toda, a única complicada sou eu.